JULIANA SANTINI RACCA -
PRIMEIRO FILHO - FILIPE - 16/08/2012
Atendendo a alguns pedidos, gostaria de dividir com vocês o meu relato de parto.Ao ser apresentada a esse novo mundo de diferenças entre os tipos de parto, nesse processo de conhecimento e descobertas, algumas pessoas foram fundamentais, e sem elas eu não teria alcançado meu “Everest”:Agradeço imensamente à minha GO Dra. JulianaPaola Melhado Lima...Às minhas queridas doulas Flavia Penido e Debora Regina Magalhaes Diniz...Enfim, foi uma grande jornada... De 39 semanas, 2 dias e 17 horas.Queria deixar claro que jamais criticaria as mulheres que escolheram (e escolherão) caminhos diferentes na hora do parto.
O meu muito obrigada ao meu marido, Raphael, que não só entendeu minha vontade, como se prontificou a estar ao meu lado em todos os momentos. E assim foi: leu vários livros, vários relatos, assistiu a vários vídeos comigo, acompanhou minhas consultas de pré-natal sempre muito curioso, buscando as respostas para as dúvidas que nos atormentavam, participou de palestras e cursos comigo, juntos encontramos nossa doula...
Hoje, 18 dias após o nascimento do Filipe, agradeço também todo apoio e carinho dos meus familiares e amigos neste pós-parto... Não compartilhei minha escolha com todos vocês, mas tinha meus motivos. Saber que estão tão orgulhosos quanto eu por ter conseguido me deixa muito, muito feliz!
E receber em meus braços como recompensa o maior amor do mundo, faz tudo não só valer a pena, mas ter a certeza de que faria tudo de novo mais 100 vezes se preciso fosse.r o que é”, e por isso todas têm o direito de fazer a sua opção. Decidi dividir esse relato porque acredito que ele poderá fazer algumas mulheres buscarem mais informações sobre o assunto, e quem sabe ajudá-las a fazer suas escolhas com um olhar diferente a respeito dos tipos de parto. De qualquer forma, independente da forma que se dá, acredito que a maternidade por si só já é suficiente para transformar – e melhorar – qualquer mulher.
Mas, mais importante, esteve ao meu lado desde a primeira contração, às 3h04 da manhã, daquele lindo dia 16 de agosto de 2012. Aguentou firme a ansiedade e o nervosismo, não me deixando perceber nada, sempre demonstrando muita calma e principalmente muito carinho.
Agradeço em especial meus pais e minhas irmãs, pela acolhida, pelo carinho, pela dedicação com o primeiro neto/sobrinho... Com vocês este começo está sendo muito mais fácil!
Porque, depois de passar por tudo, hoje entendo e faço minhas as palavras da minha querida tia Ana Sá: “eu pude experimentar, na Terra, um pedacinho do Céu...”
PRIMEIRO FILHO - FILIPE - 16/08/2012
Atendendo a alguns pedidos, gostaria de dividir com vocês o meu relato de parto.Ao ser apresentada a esse novo mundo de diferenças entre os tipos de parto, nesse processo de conhecimento e descobertas, algumas pessoas foram fundamentais, e sem elas eu não teria alcançado meu “Everest”:Agradeço imensamente à minha GO Dra. JulianaPaola Melhado Lima...Às minhas queridas doulas Flavia Penido e Debora Regina Magalhaes Diniz...Enfim, foi uma grande jornada... De 39 semanas, 2 dias e 17 horas.Queria deixar claro que jamais criticaria as mulheres que escolheram (e escolherão) caminhos diferentes na hora do parto.
O meu muito obrigada ao meu marido, Raphael, que não só entendeu minha vontade, como se prontificou a estar ao meu lado em todos os momentos. E assim foi: leu vários livros, vários relatos, assistiu a vários vídeos comigo, acompanhou minhas consultas de pré-natal sempre muito curioso, buscando as respostas para as dúvidas que nos atormentavam, participou de palestras e cursos comigo, juntos encontramos nossa doula...
Hoje, 18 dias após o nascimento do Filipe, agradeço também todo apoio e carinho dos meus familiares e amigos neste pós-parto... Não compartilhei minha escolha com todos vocês, mas tinha meus motivos. Saber que estão tão orgulhosos quanto eu por ter conseguido me deixa muito, muito feliz!
E receber em meus braços como recompensa o maior amor do mundo, faz tudo não só valer a pena, mas ter a certeza de que faria tudo de novo mais 100 vezes se preciso fosse.r o que é”, e por isso todas têm o direito de fazer a sua opção. Decidi dividir esse relato porque acredito que ele poderá fazer algumas mulheres buscarem mais informações sobre o assunto, e quem sabe ajudá-las a fazer suas escolhas com um olhar diferente a respeito dos tipos de parto. De qualquer forma, independente da forma que se dá, acredito que a maternidade por si só já é suficiente para transformar – e melhorar – qualquer mulher.
Mas, mais importante, esteve ao meu lado desde a primeira contração, às 3h04 da manhã, daquele lindo dia 16 de agosto de 2012. Aguentou firme a ansiedade e o nervosismo, não me deixando perceber nada, sempre demonstrando muita calma e principalmente muito carinho.
Agradeço em especial meus pais e minhas irmãs, pela acolhida, pelo carinho, pela dedicação com o primeiro neto/sobrinho... Com vocês este começo está sendo muito mais fácil!
Porque, depois de passar por tudo, hoje entendo e faço minhas as palavras da minha querida tia Ana Sá: “eu pude experimentar, na Terra, um pedacinho do Céu...”
17 horas.
De entrega.
De espera.
De medo.
De coragem.
De concentração.
De dor - muita dor.
As contrações começaram às 3h04 da manhã, já de 4 em 4 minutos, oscilando algumas vezes de 10 em 10, 9 em 9 minutos... Relutei em acreditar que estava em trabalho de parto, então comecei a anotar a hora em que vinham, e voltava a dormir. Porém, uma hora depois, foi inevitável sair da cama.
Aguardei até às 7h00 para ligar para a Flavia, nossa doula, e ter a certeza de que chegava a hora... E então, às 9h00 da manhã, após perder o tampão, eu tive a certeza: Filipe estava cada vez mais próximo!
Um pouco depois, a bolsa estorou, e então a Flávia, que estava acompanhando outro trabalho de parto, mandou sua back up, a Debora.
Entre uma contração e outra, ainda aguentava conversar, ainda ria com as piadas, conseguia pensar em outras coisas.
Meu marido, Raphael, preparou o almoço – eu tinha em meus planos deixar algo pronto para o dia “P”, mas estava esperando que isso acontecesse apenas depois das 40 semanas! E ainda eram 39 semanas e 2 dias!
Seu macarrão ao molho branco ficou uma super “gororoba”, mas ele e a Debora conseguiram comer! Eu não tinha vontande nem forças para isso! Para mim, ele preparou uma deliciosa salada de frutas, que comi bem devagar...
Perdi completamente a noção do tempo, as horas os minutos... Ao mesmo tempo em que minha lembrança me diz que cada contração demorava uma eternidade para passar, me parece que o dia voou!
Por volta das 16h00 a enfermeira Patrícia veio me examinar e então senti um grande gelo no estômago: já estava com 7 cm de dilatação! Era hora de ir para o hospital!
Que mistura de sentimentos... quanto medo....
Foram meses estudando, pesquisando, tentando entender que diferença haveria entre um parto normal e um parto natural.
Dentre os inúmeros relatos de parto natural que li, o trecho de um deles me chamou muito a atenção:
“A enfermeira que havia ficado na sala com os olhos estatelados de horror me viu passar sozinha de uma maca para outra. Me elogiou muito, disse que nunca viu nada parecido e admitiu que não teria coragem de enfrentar isso... ...Se privar do prazer de parir é o maior crime que uma mulher pode cometer contra si própria. É absolutamente incompreensível que as mulheres aceitem sentir dor para fazer depilação, para tirar a sobrancelha, para se submeter a uma lipoaspiração, para injetar toxina botulínica, para usar salto agulha, tudo em nome da vaidade e da beleza, e fujam da dor mais libertadora que existe no mundo.
Eu jamais seria hipócrita de dizer que parir sem anestesia não dói. Dói sim! Mas é a dor mais prazerosa que existe, mais transformadora. Clichês à parte, dar à luz um filho de forma natural, fisiológica, sem nenhum tipo de intervenção, é uma força tão transformadora que equivale a nascer novamente. Desde o meu parto me sinto tão poderosa, tão forte, tão mulher, segura e determinada que quase mais nada me amedronta. Me sinto pronta para viver de verdade.”
http://www.maternidadeativa.com.br/relato13.html
Fiquei tão emocionada e ao mesmo tempo intrigada com esse depoimento, que o lia quase todos os dias, de forma a me motivar a manter minha decisão até o fim. Nunca havia pensado na dor do parto desta forma, e, como mulher vaidosa – e muito – que sou, não pude deixar de pensar e repensar em todas as coisas que faço em nome da beleza, e que me causam tanto sofrimento e dor: andar naquele sapato de salto alto super desconfortável, mas bonito; depilação de 3 em 3 semanas com cera quente (já me dá calafrios só de pensar na próxima!); malhar pesado na academia; entre outros procedimentos dolorosos aos quais me submeti e me submeto pela beleza... Acho que me senti desafiada, e tive vontade de ir até o fim!
E me agüentou também – literalmente – pendurada em seus ombros durante 1h30 na fase de transição. Devo essa conquista a muitas pessoas, mas se tivesse que escolher apenas uma delas para passar por tudo novamente, essa pessoa seria você.
Meu lindo, minha vida, meu amor... A você, meu muito obrigada por estar ao meu lado, recebendo em nossos braços o nosso maior presente, nosso filho Filipe.
À queridíssima Renata Machado, professora de yoga, mestra, amiga...
Rê, você foi luz na minha gestação e sei que continurá sendo luz no meu caminho.
Quanto carinho, quanta entrega, e quanto prazer você tem em ajudar suas “barrigudinhas” a caminhar na gestação de uma forma tranquila, positiva!
Obrigada por me apresentar esse mundo novo do parto natural, e me motivar a procurar respostas para todas as minhas perguntas, por me apresentar a Roda Bebedubem, por me acolher em seu grupo com tanto carinho, por me fazer entender o tal “empoderamento”!
Sem sombra de dúvidas, sem minhas aulas de yoga e as seções de “yogaterapia” eu jamais teria conseguido!
Minha respiração me sustentou e me garantiu forças até o fim, e sem seus ensinamentos teria sido muito, muito mais difícil... Saiba que lembrei de você em muitos momentos do meu trabalho de parto! O mantra “entrego, confio, aceito e agradeço”, ficou na minha cabeça o tempo todo - enquanto conseguia raciocinar.
Não tenho palavras suficientes para agradecer por tudo que me ensinou; levarei todas as lições comigo para o resto da vida!
Namastê!
De entrega.
De espera.
De medo.
De coragem.
De concentração.
De dor - muita dor.
As contrações começaram às 3h04 da manhã, já de 4 em 4 minutos, oscilando algumas vezes de 10 em 10, 9 em 9 minutos... Relutei em acreditar que estava em trabalho de parto, então comecei a anotar a hora em que vinham, e voltava a dormir. Porém, uma hora depois, foi inevitável sair da cama.
Aguardei até às 7h00 para ligar para a Flavia, nossa doula, e ter a certeza de que chegava a hora... E então, às 9h00 da manhã, após perder o tampão, eu tive a certeza: Filipe estava cada vez mais próximo!
Um pouco depois, a bolsa estorou, e então a Flávia, que estava acompanhando outro trabalho de parto, mandou sua back up, a Debora.
Entre uma contração e outra, ainda aguentava conversar, ainda ria com as piadas, conseguia pensar em outras coisas.
Meu marido, Raphael, preparou o almoço – eu tinha em meus planos deixar algo pronto para o dia “P”, mas estava esperando que isso acontecesse apenas depois das 40 semanas! E ainda eram 39 semanas e 2 dias!
Seu macarrão ao molho branco ficou uma super “gororoba”, mas ele e a Debora conseguiram comer! Eu não tinha vontande nem forças para isso! Para mim, ele preparou uma deliciosa salada de frutas, que comi bem devagar...
Perdi completamente a noção do tempo, as horas os minutos... Ao mesmo tempo em que minha lembrança me diz que cada contração demorava uma eternidade para passar, me parece que o dia voou!
Por volta das 16h00 a enfermeira Patrícia veio me examinar e então senti um grande gelo no estômago: já estava com 7 cm de dilatação! Era hora de ir para o hospital!
Que mistura de sentimentos... quanto medo....
Foram meses estudando, pesquisando, tentando entender que diferença haveria entre um parto normal e um parto natural.
Dentre os inúmeros relatos de parto natural que li, o trecho de um deles me chamou muito a atenção:
“A enfermeira que havia ficado na sala com os olhos estatelados de horror me viu passar sozinha de uma maca para outra. Me elogiou muito, disse que nunca viu nada parecido e admitiu que não teria coragem de enfrentar isso... ...Se privar do prazer de parir é o maior crime que uma mulher pode cometer contra si própria. É absolutamente incompreensível que as mulheres aceitem sentir dor para fazer depilação, para tirar a sobrancelha, para se submeter a uma lipoaspiração, para injetar toxina botulínica, para usar salto agulha, tudo em nome da vaidade e da beleza, e fujam da dor mais libertadora que existe no mundo.
Eu jamais seria hipócrita de dizer que parir sem anestesia não dói. Dói sim! Mas é a dor mais prazerosa que existe, mais transformadora. Clichês à parte, dar à luz um filho de forma natural, fisiológica, sem nenhum tipo de intervenção, é uma força tão transformadora que equivale a nascer novamente. Desde o meu parto me sinto tão poderosa, tão forte, tão mulher, segura e determinada que quase mais nada me amedronta. Me sinto pronta para viver de verdade.”
http://www.maternidadeativa.com.br/relato13.html
Fiquei tão emocionada e ao mesmo tempo intrigada com esse depoimento, que o lia quase todos os dias, de forma a me motivar a manter minha decisão até o fim. Nunca havia pensado na dor do parto desta forma, e, como mulher vaidosa – e muito – que sou, não pude deixar de pensar e repensar em todas as coisas que faço em nome da beleza, e que me causam tanto sofrimento e dor: andar naquele sapato de salto alto super desconfortável, mas bonito; depilação de 3 em 3 semanas com cera quente (já me dá calafrios só de pensar na próxima!); malhar pesado na academia; entre outros procedimentos dolorosos aos quais me submeti e me submeto pela beleza... Acho que me senti desafiada, e tive vontade de ir até o fim!
E me agüentou também – literalmente – pendurada em seus ombros durante 1h30 na fase de transição. Devo essa conquista a muitas pessoas, mas se tivesse que escolher apenas uma delas para passar por tudo novamente, essa pessoa seria você.
Meu lindo, minha vida, meu amor... A você, meu muito obrigada por estar ao meu lado, recebendo em nossos braços o nosso maior presente, nosso filho Filipe.
À queridíssima Renata Machado, professora de yoga, mestra, amiga...
Rê, você foi luz na minha gestação e sei que continurá sendo luz no meu caminho.
Quanto carinho, quanta entrega, e quanto prazer você tem em ajudar suas “barrigudinhas” a caminhar na gestação de uma forma tranquila, positiva!
Obrigada por me apresentar esse mundo novo do parto natural, e me motivar a procurar respostas para todas as minhas perguntas, por me apresentar a Roda Bebedubem, por me acolher em seu grupo com tanto carinho, por me fazer entender o tal “empoderamento”!
Sem sombra de dúvidas, sem minhas aulas de yoga e as seções de “yogaterapia” eu jamais teria conseguido!
Minha respiração me sustentou e me garantiu forças até o fim, e sem seus ensinamentos teria sido muito, muito mais difícil... Saiba que lembrei de você em muitos momentos do meu trabalho de parto! O mantra “entrego, confio, aceito e agradeço”, ficou na minha cabeça o tempo todo - enquanto conseguia raciocinar.
Não tenho palavras suficientes para agradecer por tudo que me ensinou; levarei todas as lições comigo para o resto da vida!
Namastê!